quarta-feira, 25 de maio de 2016

Käfer Type 508 o primeiro carro da Volkswagen diesel

KÄFER TYPE 508 O PRIMEIRO CARRO DA VOLKSWAGEN COM MOTOR DIESEL


É isso mesmo, um Käfer Split Window 1952, (mais conhecido hoje como FUSCA) com motor diesel. 



É que no começo dos anos 50, o diesel era muito barato na Europa, e a gasolina estava cada vez mais escassa, por causa da Guerra da Coreia. Isso fez que cada vez mais carro migrasse para o Diesel. Então Heinz Nordhoff, presidente da Volkswagen na época, pede à Porsche que desenvolve-se  um motor boxer diesel.

A partir de um motor 1300, Robert Binder que foi indicado para esta tarefa, mesmo não tendo experiência em motores diesel. Deu início ao projeto Type 508, em conjunto com a Porsche eles conseguiram um motor exclusivo, que tinha uma potência máxima de 25 cv a 3100 rpm e atingia o máximo de 3300 rpm. A aceleração de 0 a 100 era feita em eternos 60 segundos.



No projeto Type 508 que foi desenvolvido em 1951, foi montado dois motores, e um deles foi instalado no fusca 1952, o outro em uma Kombi.



Com bomba injetora montada de forma lateral sobre o motor, ele tinha o consumo médio de 15 e 17 km/litro contra 12 e 14 km/litro do motor a gasolina, rodando em cidade e estrada. O maior problema do projeto era o altíssimo nível de ruído e fumaça para um automóvel daquela época.




O type 508 teve seu fim quando Heinz Nordhoff visitou os Estados Unidos e percebeu que o americano não iria comprar um carro lento e barulhento. Assim, ele ordenou que aborta-se o projeto.

Os dois carros ainda permaneceram em teste por um tempo. Mas, a história não termina aí. Em 1981 quando a Porsche comemora 50 anos, surgiu a ideia de reformar o Käfer Diesel.

A Porsche pagou 50 mil marcos alemães, para nada mais nada menos que Robert Binder, o cara que montou este motor boxer diesel em 1951, este novo projeto deu tanto trabalho quanto em 1951, que até a Bosch descobriu em seu museu 3 bombas injetoras iguais às usadas nos dois motores a diesel feitos 30 anos antes.

Várias peças tiveram que vir de acervos de fornecedores ou serem feitas novas com base do pouco material encontrado sobre o projeto. Binder teve que puxar da memória vários componentes do motor original para completar o novo propulsor.



Quando pronto, foi colocado para rodar e mostrou que Heinz Nordhoff estava certo. Nas demonstrações vistas até hoje em eventos de carros clássicos, o Fusca Diesel se mostrou muito lento, barulhento, ao ponto de atrapalhar sua condução, e claro muito poluente.



Sua aceleração máxima era incríveis 109 km/h (com vento favorável), sendo 24 km/h (1º marcha), 48 km/h (2º marcha), 72 km/h (3º marcha), 109 km/h (4º marcha). Hoje este exemplar único no mundo se encontra no museu da Porsche, mas ainda sai para rodar.

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